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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Empresas lançam iniciativas para ajudar funcionários a emagrecer



O problema da obesidade afeta cerca de 35% dos adultos americanos e custa mais de US$ 73 bilhões por ano às empresas, segundo a Universidade Duke. Para reverter a situação, muitas companhias estão testando novas medidas para incentivar os funcionários a emagrecer.

Além de alimentos saudáveis e descontos em academias de ginástica, as empresas estão oferecendo a seus empregados monitores de desempenho físico para serem usados no corpo, os chamados dispositivos “vestíveis”, competições em aplicativos, cobertura de cirurgias para perda de peso e remédios, além de terapia psicológica para tratar emoções que podem estar por trás de questões alimentares.

Os americanos gastaram US$ 60,5 bilhões em 2013 em iniciativas para perder peso, segundo a empresa de pesquisa Marketdata Enterprises Inc., sendo que a maioria não conseguiu. Não está claro se as empresas podem obter melhores resultados ou se economizarão dinheiro ao fazer isso.

No departamento de serviço de atendimento ao cliente da varejista L.L. Bean Inc., exames biométricos verificaram que cerca de 85% dos empregados estavam acima do peso ou obesos. A empresa inscreveu 24 funcionários em um programa piloto de um ano de duração de aulas de exercícios, acompanhamento nutricional e terapia emocional, tudo durante o horário de trabalho.

No fim do ano, os participantes haviam perdido, em média, 6,8 kg. Desde então, a empresa levou uma versão de 16 semanas do programa para outras áreas, com resultados similares, diz Susan Tufts, gerente de saúde ocupacional e bem-estar.

Os gerentes descobriram que o componente de saúde mental era essencial. Membros se encontraram mensalmente para discutir os desafios e obstáculos para a perda de peso.

Tufts diz que os grupos eram muito pequenos para provocar qualquer efeito nos custos gerais de saúde da empresa.

A dimensão do auxílio oferecido pelo mundo corporativo para a perda de peso pode parecer estranha, mas os números explicam a razão.

Ajudar os empregados obesos a atingirem o peso normal, ou mesmo baixar ao nível de sobrepeso, faria os empregadores economizarem, em média, 9% dos recursos gastos com assistência médica ou perda de produtividade devido ao tempo que os empregados se ausentaram devido a doenças, diz Tatiana Andreyeva, economista do Centro Rudd para Política Alimentar e Obesidade da Universidade Yale.

Cerca de 35% dos empregadores oferecem um programa especificamente elaborado para ajudar os empregados a perder peso, com outros cerca de 7% planejando oferecer um nos próximos 12 meses. Em torno de 9% das empresas oferecem aos funcionários descontos na assistência médica caso eles participem de um programa de perda de peso, segundo uma pesquisa recente da Sociedade para a Gestão de Recursos Humanos.

Ainda mais empresas — 38% — hoje cobrem os custos da cirurgia bariátrica para os trabalhadores, verificou a instituição.

Os empregadores tomam cuidado para que as iniciativas não sejam consideradas discriminatórias. Cerca de 71% das empresas com pelo menos 600 mil funcionários afirmaram que superar o estigma e o constrangimento representa o maior obstáculo para a eficácia dos programas corporativos de perda de peso, segundo uma pesquisa feita em outubro pelo Northeast Business Group on Health. “As pessoas que estão acima do peso são muito julgadas, e simplesmente não sabemos com o que elas estão lidando ou que outros problemas elas têm”, diz Susan Tufts.

Pete Pallas, diretor de operações da  Herman Miller Inc., sempre brigou com seu peso e tomou remédios para pressão, diabetes e colesterol. Ele ficou inicialmente constrangido quando seu empregador começou a oferecer reuniões dos Vigilantes do Peso como um benefício corporativo.

“Quando você é tão pesado como eu era, você fica preocupado com o que as pessoas pensam. Uma boa parte do pessoal da minha unidade se reporta a mim. Eu realmente não queria ir”, diz ele. Ele acabou indo a uma reunião e diz ter perdido quase 68 kg e que não precisa mais tomar seus remédios.

“Se não fosse no trabalho, acho que nem teria tentado.”

As empresas propagandeiam muitas das novas iniciativas como sendo de “bem-estar” em vez de perda de peso, com muitos dos programas elaborados para parecer como uma competição saudável, frequentemente via aplicativos de smartphones.

A Fitbit Inc., fabricante de monitores de atividade física vestíveis, afirma que vem fechando negócios com clientes como a  BP PLC e a Anthem Inc., grandes empresas das áreas de seguro saúde e assistência médica, e que esse tipo de negócio é uma das áreas que tem mais crescido.

Fabricantes de aplicativos para redes sociais como ShapeUp Inc., que tem a  Boeing Co. e o  J.P. Morgan Chase entre seus clientes, estão levando as lições de economia comportamental para o bem-estar.

Tais ferramentas usam o desejo de programas com um elemento social — não apenas caminhadas casuais com colegas na hora do almoço, mas a competição clara e o monitoramento do progresso dos colegas através de rankings em um aplicativo ou em um site.

Depois que a  Outerwall Inc. começou a oferecer os monitores de atividade física Fitbit para todos os empregados em 2012, instaurou-se uma competição amigável entre os colegas, diz Tim Hale, vice-presidente de vendas da empresa. “Se você sabe que há alguém acima de você no ranking, isso com certeza te pressiona”, diz Hale, que registrou mais de 53 mil passos em um único dia e perdeu quase 20 kg no processo.

“Eu sou quase escravo disso.”

À medida que mais empregadores se tornam mais determinados a ajudar seus empregados a perder peso, porém, muitos estão sendo avaliados mais minuciosamente pelos reguladores, que estão receosos que os programas que usam penalidades e prêmios acabem tornando a participação compulsória. A Comissão para a Oportunidade Igualitária de Emprego já abriu vários processos relacionados com programas de bem-estar e planeja lançar um guia de orientação para os empregadores em fevereiro.

Gary Taxali

Fonte: http://br.wsj.com/articles/SB11597692187594324576704580369733361727528

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